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Conceição Evaristo - Da calma e do silêncio | Escritoras Brasileiras
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Maria da Conceição Evaristo de Brito, nascida em 29 de novembro de 1946 em Belo Horizonte, é uma renomada linguista e escritora afro-brasileira. Aposentada, teve destacada carreira como pesquisadora-docente universitária, especializando-se em literatura comparada. Sua infância humilde na favela do Pendura Saia, sua ascendência diversificada e uma família numerosa moldaram sua trajetória. Reconhecida como influente literata pós-modernista, sua expressiva contribuição abrange poesia, romance, conto e ensaio, consolidando-se como voz impactante na literatura contemporânea brasileira.
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___________
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
1811 حلقات
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Maria da Conceição Evaristo de Brito, nascida em 29 de novembro de 1946 em Belo Horizonte, é uma renomada linguista e escritora afro-brasileira. Aposentada, teve destacada carreira como pesquisadora-docente universitária, especializando-se em literatura comparada. Sua infância humilde na favela do Pendura Saia, sua ascendência diversificada e uma família numerosa moldaram sua trajetória. Reconhecida como influente literata pós-modernista, sua expressiva contribuição abrange poesia, romance, conto e ensaio, consolidando-se como voz impactante na literatura contemporânea brasileira.
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Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.
Quando meu olhar
se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
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