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Mulheres Reais: "Dá licença, mas eu também penso"
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Há uma série de muletas linguísticas usadas por mulheres, ainda que empoderadas, que sabotam e enfraquecem seu discurso. O comportamento é herança de uma sociedade limitadora, na qual o sexo feminino sempre precisou “pedir licença’ para ocupar espaços de destaque. "Pagamos um preço por ousar estar em lugares não reconhecidos como próprios da mulher”, explica Luciane de Paula. A verbivocovisualidade da linguagem é um dos objetos de estudo da professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis. Apesar do nome complicado, a doutora em Linguística e Língua Portuguesa traduz em exemplos as sabotagens que nos auto impomos em casa ou no trabalho. O uso das conjunções adversativas, como ‘mas’, ‘contudo’ e ‘entretanto’ é uma das muletas mais traiçoeiras. “Eu concordo com você, MAS também penso que… Então você não concorda! Essa maneira polida e delicada de se colocar fragiliza o discurso. Se você discorda, porque não coloca a ideia contrária em seguida? Para piorar, seu argumento de educação, de tatear espaços antes de se posicionar com firmeza, geralmente é usado contra você”, justifica Luciene no Mulheres Reais.
Uso do tom de voz mais agudo, pausas ou aceleração da fala, emprego excessivo de adjetivos e de diminutivos, além da busca pela confirmação do interlocutor (os famosos “né?, concorda?, isso faz sentido para você?”) engrossam a lista de hábitos que transmitem hesitação, insegurança ou autodesvalorização. São como códigos que dizem “Dá licença, mas eu também penso”. O primeiro passo para fugir das armadilhas, segundo a pesquisadora, é identificar quais são as suas muletas do dia a dia.
A coluna Mulheres Reais é apresentada por Luciana Garbin e Carolina Ercolin e aborda questões femininas na sociedade. Sempre às segundas, 8h20, na Rádio Eldorado.
See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Há uma série de muletas linguísticas usadas por mulheres, ainda que empoderadas, que sabotam e enfraquecem seu discurso. O comportamento é herança de uma sociedade limitadora, na qual o sexo feminino sempre precisou “pedir licença’ para ocupar espaços de destaque. "Pagamos um preço por ousar estar em lugares não reconhecidos como próprios da mulher”, explica Luciane de Paula. A verbivocovisualidade da linguagem é um dos objetos de estudo da professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis. Apesar do nome complicado, a doutora em Linguística e Língua Portuguesa traduz em exemplos as sabotagens que nos auto impomos em casa ou no trabalho. O uso das conjunções adversativas, como ‘mas’, ‘contudo’ e ‘entretanto’ é uma das muletas mais traiçoeiras. “Eu concordo com você, MAS também penso que… Então você não concorda! Essa maneira polida e delicada de se colocar fragiliza o discurso. Se você discorda, porque não coloca a ideia contrária em seguida? Para piorar, seu argumento de educação, de tatear espaços antes de se posicionar com firmeza, geralmente é usado contra você”, justifica Luciene no Mulheres Reais.
Uso do tom de voz mais agudo, pausas ou aceleração da fala, emprego excessivo de adjetivos e de diminutivos, além da busca pela confirmação do interlocutor (os famosos “né?, concorda?, isso faz sentido para você?”) engrossam a lista de hábitos que transmitem hesitação, insegurança ou autodesvalorização. São como códigos que dizem “Dá licença, mas eu também penso”. O primeiro passo para fugir das armadilhas, segundo a pesquisadora, é identificar quais são as suas muletas do dia a dia.
A coluna Mulheres Reais é apresentada por Luciana Garbin e Carolina Ercolin e aborda questões femininas na sociedade. Sempre às segundas, 8h20, na Rádio Eldorado.
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