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Felipe Simão - Poesias explicit

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A lua antecipou a noite, foi de afoite, brincar carnaval à luz do dia, repentina, toda vadia, entregue como serpentina no meio da multidão, perdeu-se entre todas as gentes, todas as cores, toda emoção, foi mulher vivida, de muitos carnavais, foi moça atrevida de prazeres carnais, foi pé de folia que não descansa jamais, foi confete, espuma, suor, fumaça, desejo, fantasia e mais puro tesão, foi corpo de maresia a que nenhum homem diz não, purpurina de alegria que gruda em qualquer coração, foi beijo de menina que ensina o virgem folião, foi saber de folia, foi mais que um dia, foi minha primeira paixão…
 
É meia-noite e eu sei que você não me ama, eu me despedaço, afundo na lama, eu me afogo nos lençóis, eu que tanto pensava em nós, não passamos dum fiasco É meia-noite, acusam os ponteiros como acusam os meus pensamentos, as memórias dos fatos, que você não me ama É meia-noite, quantos não estão amando seus amores verdadeiros? construindo célebres momentos histórias sem substratos de mentiras, é meia-noite e eu choro na cama É meia-noite e eu pensando em você, com medo de desligar o som da TV e ouvir a sua voz, é meia-noite e eu tento esquecer, mas o seu desejo é algoz do meu sono, é querer o beijo dum coração sem dono é meia-noite, é fim de mês, é o último dia do ano e eu ainda te amo…
 
Quando contigo me deito, faço do nosso leito ninho de amor vadio, de ti jamais me sacio, pelas tuas linhas me enfio, sinto em nós forte vibração, perco-me nesse diapasão, e não consigo distinguir a emoção, se louco prazer ou pura paixão, só me deixo levar pela eloquente sensação de estar nos teus braços, dos gemidos, das tremedeiras, dos meus descompassos; nossos corpos só se deixam esparsos, no instante que já não resta no fôlego sopro, em que a fadiga é um secante escopro, contigo tudo é tão bonito, só ela interrompe o nosso amor infinito; fico prostrado, mas não aflito, junto a ti, o destino nem fito, não temo o futuro, pois no nosso quarto escuro, o tempo não importa, por detrás daquela porta, a gente se comporta como dois imortais, refugiados nos prazeres carnais, e os delírios mais sublimes nos parecem normais…
 
É uma pena que uma mulher tão linda, tão inteligente, que gosta de ser livre, que gosta de sexo, e encara o preciosismo machista que habita em todas as mulheres, uma pena que seja tão fútil, que viva a mercê de homens mais velhos Você deixa que eles suguem toda a sua juventude, eles nunca vão se saciar, você só vai perceber quando sugarem até a tua inocência, tarde demais, você agora é um pulmão sem ar, seios sem sustentação, aos quarenta anos, sem amor, sem emprego, sem rumo, esse é o preço duma vida de ilusão, de tudo isso que você considera o suprassumo, você abraça todas as frivolidades, abraça esses tórax peludos, fazendo deles uma couraça para se proteger, mal nota que se encerra na própria prisão; numa síndrome de Estocolmo você se tranca no castelo com seu “príncipe encantado”, se encanta ao ver da janela o mar e não vê o príncipe virando sapo, a desventura do fim da sua vida vai sendo costurada sorrateiramente transparente…
 
É na escuridão que brilha nossa paixão; um dedo no interruptor, vários pelo corpo, perambulando sem escopo, prazer disruptor; de fundo música a meio-tom, sintonia em império, o nosso caso não é sério, é um gostoso talvez que se desenrola no looping da nossa esteira, a decisão fica na prateleira perpetuamente esperando a sua vez; a incerteza é uma delícia, nossos comentários de privada malícia, que fazem desconfiar os amigos, interrogados, a gente nunca confessa, seja na fusão de dois corpos suados ou na partilha de sentimentos mais polidos, da pressa somos inimigos, vivendo um eterno deixa-estar, o moderno “deixar-rolar”, melhor que imaginar é de fantasias brincar…
 
Neste quarto quero ser contigo mais que duas mulheres de mãos dadas, duas amigas disfarçadas, quero ser uma só nudez entrelaçada, beijar a tua tez e descer com calma por todo o teu corpo, nós duas perdidas de prazer, nas regiões encontradas; o quanto eu te amo, minha namorada, minha deusa vadia, não podem explicar os especialistas; o nosso amor desafia: a inteligência dos cientistas, a experiência dos sábios, a cura do messias, todas essas filosofias na porta deste cômodo são matérias extintas, da tua beleza nunca me distraio, eu me colo nos teus lábios de onde só saio no sopro das minhas cinzas…
 
Malditos versos, nunca acabam, sempre mais uma linha a digitar, sempre mais um motivo a fazer reclamar os meus dedos cansados, mas que malcriação minha, chamá-los desgraçados, são uma benção, que não acabem nunca, que passem por cima de mim e durem muito mais que eu, quero ser velado coberto de poesias, morrer pela literatura e não por amor, como fez Romeu…
 
A saudade é emoção que invade, inunda, às vezes é doce, sensação de candura, outras, tem gosto de amargura; às vezes é um sentimento de ternura, outras, ataca com voracidade, como se tivessem arrancado um pedaço nosso numa sessão de tortura, dor tão forte que a gente se entrega ao insano, amadurece o desejo leviano de nunca ter vivido aquilo e se esquece que pior que a saudade é uma vida não vivida, se eu pudesse optar pelo modo do meu findar, gostaria de morrer de saudades, despido de todas minhas vaidades, todas as trivialidades, as quais a gente se apega como se fossem o Santo Graal, não larga, não entrega, vivendo carregados de desimportâncias; quero encontrar na morte o desapego total, que me faltem preocupações, que me faltem pendências, que me falte o vazio existencial e só me reste a certeza de que vivi uma vida feliz…
 
Eu não faço amor, faço poesia; a luxúria é vazia para quem mergulhou na dor e hoje tem vício de viver; sou distante, dessas noites o destino me priva, não consigo entreter, me conectar; o momento ofegante fica à deriva, insiste em se dissipar, não chega ao flerte, não entra no quarto, não deixa a roupa no tapete, não sobe na cama; para mim tudo é um parto, toda gente me desama sem antes me provar Só perco o sono até mais tarde, perdido no meu pensar; achei que diante do fogo eu fosse covarde, mas eu tenho é muita vontade de amar…
 
Tantos dias chorando as tuas saudades, tantas noites sonhando as tuas devassidades, e numa manhã repentina, com um insight de surdina, eu te superei; o que somos não sei, "amigos" foi um termo que no passado precipitadamente afirmei; teu jeito matreiro e confuso, meu pensamento caótico e difuso; como a nossa relação, somos muitos difíceis de entender; tem uma dose razão o lado que me manda te esquecer, mas a verdade, com toda sinceridade, é que agora contigo não sei o que fazer…
 
Não há nada para me perguntar, eu conheço as regras do jogo na cartilha coloquei fogo, não quero jogar; ponho todas as cartas na mesa para não ter incerteza, sem blefes, sem flertes, mostro a minha cara e ninguém me encara; um ais de paus do naipe de ouros é diferente, eu sou o caos na normalidade aparente, num jogo de amor não se pode perder não existe desacerto algum não é um embate, é partida de empate, placar de um a um; mas elas assustadas me deixam vencer, largam o jogo, deixam a mesa, negam fogo, apegam-se ao pudor na noite de amor, escolhem a tristeza…
 
Eu conheço aqueles olhos e eles me conhecem, pelas lentes de outras dimensões, de outras vidas não me esquecem; eu confio naquele olhar como se entre nós houvesse um laço que nunca teve lugar, nunca teve espaço, desses olhos não preciso fugir, não preciso disfarçar Eu conheço aquele sorriso, ele me dá um aviso do qual não sei lembrar, é um sorriso bonito tão lindo que seria impossível na memória não se eternizar, é por alguns segundos, mas o sinto como se fosse infinito, dois lábios que se abrem para as maravilhas do mundo revelar; ela tem um charme que é impossível não captar inadmissível não se deixar levar, de onde… de onde eu te conheço e como te deixei escapar?!…
 
Eu amo demais, eu amo assaz, amo em dobro, amo e nunca tenho logro, porque quando as pessoas percebem que me amam, já é demasiado tarde; o amor que me dão é covarde, não corre atrás, e mesmo que corresse, o fim é de fato esse, não há o que se conserte, não há desejo que se desperte, quando as palavras malditas já melaram tudo, não há melô, não há prova de amor, não há pau duro…
 
A primeira mulher que amei o meu amor desfez quando me definiu, “um personagem”, ofensa de nova roupagem; pobre alma disparatada, uma vida repleta de elogios e romances que não dão em nada, não sabia o quão profundamente estava errada, eu não sou um personagem, sou a história, homem imponderável, não existo, aconteço! E no dia em que for apenas uma memória, sei que dirão, “dele não me esqueço”…
 
Quando estou conversando com você, sinto que as palavras ficam na ponta do pé, mas nunca põem a cabeça para fora da janela, não saem pelos seus lábios de lua; você foge de mim, mesmo caminhando ao meu lado na rua, você me tem como sábio, mas eu só lanço para o ar ideias nuas Já anunciei o cessar-fogo, mas você vê segundas intenções nos meus atos, para você tudo é um jogo, e nas entrelinhas dos fatos o seu charme vira coquetismo, meu espírito, forma de ocultismo, poli amor ou um polimorfismo de relações, muito presumidos e apegados a suposições; é um bem-me-quer que não quero eterno placar de zero a zero…
 
Você sente minha falta, sofre calado e se orgulha de eu não ouvir isso da sua boca, a si mesmo renega os próprios sentimentos, fazendo essa cara blasé de homem racional, você acredita ter o controle de tudo, e mesmo nas frias madrugadas quando não é mais possível aturar, o seu coração salta a cadeia de montanhas geladas que você construiu em torno de si, na primeira calmaria você se esquece do próprio sofrimento, não abandona essa fé de ser um homem sem fé no amor, sem fé em si próprio, um peito de pedra; perdido a esmo, você aceita fácil demais o seu fim, não tenta mudar, entender, melhorar, amadurecer, evoluir, isso me levar a crer que você não consegue encarar, só sabe fugir, com seu ar de propriedade você esconde a minha saudade, tenta escapar da verdade; você ainda me quer, sofre calado não se atreve a dar um passo, no fundo, eu tenho muito ainda tem muito espaço nesse peito gelado para me sentir…
 
Perdi meu amor, antes de sentir no peito ardor antes de provocar com meu toque calor antes de encontrar nos seus braços fulgor, perdi meu amor antes de ter o que se ter para sentir dor Perdi meu amor, e o que me invade é a saudade do que não vivi daquilo que não senti, mas que poderia ter sentido, se algum houvesse nas suas desculpas Perdi meu amor, antes do sabor, antes do despudor, antes do meu corpo em sudor rolar com o seu na cama, antes de ouvir que ela me ama; perdi meu amor antes mesmo de amar, dentro de mim, um desejo se recusa a calar o beijo que nunca hei de provar…
 
Com uma mentira branca que no bem-me-quer a pétala se arranca, fingi te conhecer para fingir te desconhecer se bem que não deixa de ser verdade, pois desde a faculdade, os meus olhos te conhecem, minhas lentes jamais te esquecem, sentada no outro lado da rua, tua pele alva, cor de lua, que eu queria que brilhasse, e iluminasse a minha madrugada, que fosse na minha escuridão alvorada, que de noite pudesse te amar, sem pensar em mais nada Yasmin, teu cheiro de jasmim, com meu olfato queria sentir, os teus sussurros na minha orelha ouvir, a minha pele tingir com teu batom cor de carmim, o teu sabor do desejo que arde em mim, queria nós dois assim, queria uma noite sem fim…
 
Na minha cabeça eu te amo e desamo, fantoche duma alucinação que tolo sendo, de presunção estupendo, acredito poder controlar, evito pensar e às vezes até me esqueço da minha paixão, inutilmente me agarro à negação, não sei por que se dá a esse esforço minha mente, talvez seja só para que eu, vítima indefesa do amor teu, tenha sempre a deliciosa surpresa, de redescobrir o meu amor por ti numa inesperada hora, momento que percebo onde fica o aqui, desconfio, pois a paixão é vadia, desejo sem fio, e um dia vai embora, sai de casa sem deixar aviso, sem se importar com o prejuízo não se despede nem se demora, mas enquanto ela volta, enquanto me envolta, enquanto não se desfaz em pedaços, quero abrir os braços e brincar no paraíso…
 
Andamos pelas ruas nos esbarrando como se houvesse um ímã entre nós, somos bastante íntimos com as palavras quando estamos a sós, dois corpos que não conseguem ficar longe um do outro, você abusa da nossa intimidade, na presença de todos passa a mão na minha bunda, me puxa pelo braço, me exibe como um namorado postiço, a nossa relação é íngreme, não respeita fronteiras; veleja entre a amizade e a ousadia e já não se sabe o que é piada e o que é insinuação, se é amor puro ou combinado com tesão, a gente não sabe que passos dar nesse samba mas nenhum dos dois quer descer da corda bamba…
 
Minha madrugada é viva na companhia dessa mulher altiva, Eduarda, menina carinhosa que no peito se guarda, criatura amável, admirável, a sua coragem de dizer aquilo tudo que sabe fazer; é mulher que se imposta, diz do que gosta, o que é gostoso, o que leva no seu gozo e que não quer esposo; é mulher independente de atitude, pra frente; ela é ao mesmo tempo anjinho e capeta, com o seu corpo de silhueta faz qualquer coração dar pirueta Sedutora, dominadora, submissa, que a luxúria atiça, do prazer, afeita, mulher que vicia, mulher plena que nunca sacia, mulher recatada, mulher desvairada, mulher refeita, mulher complicada e perfeita…
 
A sua voz é doce, sai mansinha lambuzando os lábios que eu tanto quero provar; nos teus divinos olhos verdes quero mergulhar e na sua infinitude, o seu mundo, o quanto mais eu me aprofundo, posso cada vez mais me esquecer, ser um homem refeito em você, me tornar um semideus, a quem não importa nem o tempo ou o espaço, desfazer todo tipo de embaraço na quentura do teu abraço, desconhecer as mazelas do mundo ouvindo seu sotaque pernambucano sussurrando no meu ouvido, acreditar em tudo que eu duvido Ah se você fosse mais que um sonho distante, lá de Recife, desejo que me excite, que da minha cabeça a muito custo se dissipe, você não seria só detentora destes versos, seria dona de mim, uma mulher tatuada por afagos diversos e prazeres sem fim, seríamos dois amantes curiosos como Adão e Eva, perdidos no próprio universo, dois vadios no jardim, mas desta vez sem cobra, espada ou fogo, sem “Deus” e seus moralismos sem qualquer tipo de anjo, sejam guerreiros ou querubins…
 
O que será que tenho para te dizer? O que posso te oferecer? Por que decidi este poema te escrever? Seria amor à primeira vista ou apenas um ardor oportunista? Seria um admirador altruísta ou apenas a falta de pudor que há em todo artista? Qual será o sabor dos teus lábios, à distância tão doces? Queria provar esse frescor, queria sentir o teu calor e te amar no despudor, que ao mundo dos delírios comigo fosses, menina por quem perco meus olhos no bistrô…
 
Essa foi a minha primeira noite sem pesadelos, em dois meses; a vida urbana por si só já é um risco de morte, a vida familiar é um emaranhado de intrigas sem solução dia após dia perigas na beira do abismo e nessa desventura, matura a ideia de que os idealismos são sem razão Hoje é 16 de fevereiro, sexta feira, 2024, e a única coisa que desejo, no fundo do meu peito, é paz…
 
Faz um ano que cheguei; a mulher por quem me apaixonei não é mais a mesma, Ipanema perdeu o vislumbre; a Lagoa a praia, o morro Dois Irmãos, são retoques de uma lembrança que exige novas demãos para não esmorecer com o tempo, como uma pintura em afresco; a clausura do apartamento já não parece desperdício, as aves exóticas já não me inspiram mais que os quero-queros e os pardais as amendoeiras têm menos encanto que as casuarinas; a minha terra é feia, mas lá ainda é permitido se olhar nos olhos; eu sigo aqui, de pupilas perdidas, ando pelas ruas sem me encantar, observando tudo com a pachorrência cotidiana que percorria as vias esburacadas de Santo Amaro; vendedores e pedintes já não me abordam, sequer me notam; talvez tudo esteja a mesma coisa, eu é que mudei, Ipanema me ensinou a admirar exibindo a sua beleza mas também me ensinou a fechar os olhos para o que não convém…
 
Não sei se me entrego ou se só aceito o mau gosto da sorte, a caminhos predefinidos não me apego, expectativas não rego, ando sem um norte, uma bússola é tão inútil quanto a prudência, o quão fútil é a aparência; meu horizonte é traçado por linhas tortas, vejo meras tábuas de madeira que todos insistem em chamar de portas, todo esse grande valor, a propaganda dum predial esplendor, são ideologias de paisagem, acho tudo uma grande bobagem, oportunidades não te encerram num cubo; eu apenas me masturbo, pois não faço sexo sem amor; as verdadeiras chances são aquelas que a gente se nega a ver, são os sonhos que a gente se priva de ter, o lúdico não é digno, a arte não é labor, o tédio é fidedigno e por isso tem valor, então a gente rasga o poema e se condena a uma vida sem calor…
 
Quando eu me tornei escritor, as palavras foram perdendo o valor pra mim. Eu percebi que as palavras são como as sensações, só são eternas no papel. Quando eu me tornei ator, notei que o que as pessoas me dizem, não tem tanta importância, a gente se treina a agir de determinadas maneiras Quando eu me tornei comediante, cheguei à conclusão de que o maior erro que se pode cometer é levar a vida a sério demais. O mais estranho é que agora que estou quase me tornando uma pessoa, o sentido se inverteu completamente, no início dessa jornada, eu queria conseguir dizer o que sentia, hoje eu sinto que nunca precisei dizer nada.…
 
Sentado no cais da Lagoa, à frente, uma estátua, às minhas costas, a Cruz de Malta, pela primeira vez meditei de olhos abertos, pois me recusei a fechar as pálpebras diante de tanta beleza, o ar era mais puro, o vento mais brisa, o céu mais azul, as folhas mais verdes, e nada disso é exagero, pois nada era ficção Naquele dia na Lagoa, venci todos os meus medos, embebido de toda coragem e de toda pureza, virei um novo homem, andei até a beirada, sorri espontaneamente e proclamei: “Cidade Maravilhosa, abro os meus braços para ti serás minha e juntos venceremos”…
 
Não sei quem sou, o que gosto de fazer, o que gosto de comer, qual é o meu habitat natural, se rodeado de gente ou sozinho no meu quarto, com quem ter, se com mulheres ou com homens, talvez unido aos dois pronomes, talvez com todos os pronomes, que depois eu nem consiga lembrar de todos os nomes, uma loucura que me faça esquecer meus sobrenomes; seria eu comedido ou desvairado? Um sujeito incompreendido ou um espécime a ser erradicado? Sento no divã ou pego papel e caneta? Seria eu ambos, maníaco e terapeuta? Um homem de senhos brandos e desejos bambos, racional e intuitivo, levando a vida aos trancos e barrancos; seja com palavras ou com a pele, não sei ao certo o que sentir, na boca, o gosto do suor ou o da lágrima? Respirar de peito aberto ou forçando o diafragma? São muitos dilemas para um só homem; escolho os meus rumos ou deixo que eles me tomem? Parece que se desprendem as minhas costas, estou a ermo; com tantos contrastes é difícil encontrar o meio-termo…
 
Je pense toujours à ma douleur. Qu’est-ce que dois-je faire avec ma douleur ? Évidemment, je dois faire quelque chose, frapper le mur, vivre un amour, écrire un livre, méditer, m’éditer ; je dois transformer la haine, l’angoisse, la désillusion en autre chose que me va faire renaître Je m’ai trop haute En vérité, je ne me permets pas être sans réponse ; je pense que je dois dire quelque chose au monde, je suis en dette cars, je pense que le monde est en dette avec moi je ne suis aussi importante, je ne me permets oublier, pour marcher à la rencontre du destin La douleur existe, ça n'est pas un vrai problème, la douleur est là laisse tomber, le soleil se lève tous les jours se ci sont encore des jours pour me lever, rien à faire, la douleur se doit seulement sentir. C’est ça.…
 
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